15-07-2004, Você se Lembra?

Redação

O que a data citada acima faz o amigo navegante lembrar?

Nada?


Vamos refrescar a sua memória:


Quadrangular final do Campeonato Pernambucano da Segunda Divisão, os jogos do dia são:
Ypiranga x Vitória, em Santa Cruz do Capibaribe;

Ramalat x Vera Cruz, em Ouricuri.


Ainda não?

E agora?

Se ainda não lembrou, vamos revelar, há exatos 4 anos, o Ypiranga proporcionou à cidade de Santa Cruz do Capibaribe, uma das maiores alegrias de sua história, no aniversário de 70 anos, comemoramos 4 de acesso.

Dependendo de uma vitória simples para garantir matematicamente o acesso à 1ª divisão em 2005, o Azulão recebeu o Tricolor das Tabocas, em um dia chuvoso, talvez o mais chuvoso daquele ano, os torcedores se espremeram em um dos maiores públicos da história do Alvi-azulino (foram divulgados 4.350, mas certamente mais de 5.000 pessoas estiveram presentes), mas não foi tão fácil conseguir o objetivo.

Logo no início do jogo, o Ypiranga abriu o placar mas antes dos 20 minutos da etapa inicial, o Vitória virou o jogo, em uma noite inspirada do zagueiro Freitas, que havia jogado no Ypiranga, no ano anterior, no intervalo, todos se perguntavam se mais uma vez o Ypiranga iria 'morrer na praia'.

Vale lembrar que em 2000, o Íbis tirou o acesso do Ypiranga no último jogo, nos anos de 2001 e 2002, nem chegamos ao quadrangular final e em 2003, necessitando de uma vitória em Serra Talhada, fomos surpreendidos pelo Serrano e perdemos por 2x0.

Mas naquela noite, nada poderia dar errado, debaixo de muita chuva, os times voltaram para o jogo, os torcedores já desconfiados, incentivaram mais do que nunca o nosso Ypiranga. De pênalti, Bibi empatou o jogo aos 26 da etapa final e aos 39, Fabinho fez um dos gols mais importantes da história do Azulão, enquanto a bola 'pipocava' na área, ele com o pé esquerdo, decidiu a partida, arrancou o grito de gol do torcedor, o grito de 'estamos de volta à primeira divisão'.

Particularmente eu festejei como nunca havia feito antes, o acesso do Ypiranga, depois de mais de 10 anos, o time voltou a elite do futebol pernambucano, chorei copiosamente abraçado ao meu pai, que mesmo sendo Rubro-negro, me acompanhou no choro de alegria que devolveu o Ypiranga ao lugar de onde nunca deveria ter saído.