Foto: Reuters

Nos últimos dias, o goleiro Julio Cesar comparou a bola, com "aquelas bolas compradas no supermercado", por sua leveza e excesso de curvas que ela faz quando chutada (principalmente à distância)
Neste domingo, mais dois jogadores brasileiros criticaram a Jabulani.
Júlio Baptista definiu a bola como “muito ruim”.
Em seguida, Luís Fabiano foi ainda mais enfático. “Essa bola é sobrenatural.”
Quando a primeira pergunta sobre a bola foi feita, a dupla brasileira caiu na risada.
“A bola é muito estranha, de repente sai de você, acho que ela não gosta que alguém a chute. É mais um adversário. Parece que tem alguém guiando a bola. Você vai cabecear e ela se mexe, é sobrenatural essa bola, muito ruim”, disparou Luís Fabiano.
“Não tem como enganar. Treinamos com ela e é ruim tanto para os goleiros como para os jogadores [de linha]. É uma bola muito ruim. Os laterais chegam à linha de fundo, metem a chamada ‘rosca’ na hora de cruzar e a bola vai para o lado contrário”, emendou Júlio Baptista.
No treino técnico do último sábado, inclusive, o pior desempenho da seleção foi justamente nos cruzamentos. Maicon, Daniel Alves, Michel Bastos e Gilberto acertaram muito pouco. Os passes saíam rasteiros ou muito fortes, cruzando toda a área. Os quatro atacantes também sofreram.
“Em um chute de longe, a bola faz três, quatro curvas antes de chegar ao goleiro. Eles tinham outras possibilidades, a bola da Liga dos Campeões, por exemplo, é muito boa. Escolheram essa bola e temos que aceitar, mas ela vai complicar muito”, projetou Júlio Baptista.
Na última sexta, logo após a reclamação de Julio Cesar, a Adidas, fabricante da Jabulani, soltou um comunicado com elogios de grandes nomes do futebol à bola. Nomes que são patrocinados pela Adidas, entre eles Kaká. “Para mim, o contato com a bola é muito importante, e é ótimo com essa bola”, disse o meia na nota oficial.
Perguntado se alguém da Seleção havia gostado da bola, Luís Fabiano se esquivou: “ainda não vi ninguém elogiando”. E Kaká, gostou? “Aí vocês têm que perguntar para o Júlio [Baptista], que é o mais próximo do Kaká.”
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