domingo, 29 de agosto de 2010

Com atraso, implosão põe abaixo anel superior da Fonte Nova

Terra
Foto: Agência A Tarde


Foram necessários menos de 20 segundos para que o anel superior do estádio Octávio Mangabeira, a Fonte Nova, fosse ao chão. A implosão, que mobilizou uma multidão no entorno do local, marca a saida de cena do campo esportivo, fundado em 28 de janeiro de 1951, para dar lugar ao projeto de uma nova arena multiuso, a ser construida.

Às 10h27, quase meia hora depois do previsto foi iniciado o processo de implosão, com a demolição de todos os 138 pilares do estádio. Antes disso, aproximadamente 950 imóveis das três áreas de influência (Jardim Baiano, Avenida Joana Angélica e Brotas), localizados num raio de 250 metros, foram evacuados no inicio da manhã desse domingo, por um período máximo de cinco horas (das 7h as 12h).

"Trata-se de um procedimento controlado, com riscos são remotos", explicou o secretario de assuntos relacionados a Copa (Secopa), Ney Campelo, durante a apresentação do projeto da nova arena.

O processo de implosão da Fonte Nova foi elaborado pelas empresa brasileira Arcoenge Engenharia e a americana Controlled Demolition Inc., (CDI), levando em consideração os limites de vibração toleráveis pelos imóveis históricos e mais críticos, localizados no entorno do estádio.

Após a demolição, uma equipe da Defesa Civil de Salvador (Codesal) realizaram a varredura pós-implosão, que tem como objetivo examinar a possível obstrução das vias. "Caso tenha acontecido o lançamento de algumas partículas nas ruas", disse o secretario extraordionario da Copa (Secopa), Ney Campelo.

Nas ruas, o clima é de euforia. "Tenho a certeza que sera um estádio tão significativo quanto o antigo", afirmou o comerciante Julio Souza, que levou toda a familia para ver a demolição.

Re-uso e sustentabilidade

Com a demolição total do estádio foram gerados 29 mil metros cúbicos m³ de concreto e 100% deste material será reciclado em modernos equipamentos de britagem, com capacidade de processar 100 m³ de concreto por hora.

Parte deste material será reaproveitada em serviços de terraplanagem e pavimentação na própria obra e o excedente será utilizado em obras de infraestrutura em Salvador e Região Metropolitana. Além disso, são previstas medidas ambientalmente responsáveis e de sustentabilidade, dentro do Programa Green Goal da FIFA, como a apresenta sistema de reuso do esgoto tratado, aproveitamento da água da chuva, diminuição e reciclagem do lixo gerado, além de sustentabilidade energética, com o uso de ventilação e iluminação naturais.

Arena multiuso

O novo estádio preservará o formato de ferradura, com abertura para o Dique do Tororó, e se transformará em uma arena multiuso, com capacidade para 50.433 pessoas com assentos cobertos, 70 camarotes (com capacidade para construção de mais 30), restaurante panorâmico e 1.978 vagas de estacionamento.

Sua estrutura abrigará também sala de imprensa, 39 quiosques, 12 elevadores, 81 sanitários, museu do futebol, lojas e um centro de negócios. O projeto da nova Fonte Nova é das construtoras OAS e Odebrecht, que constituem o Consórcio Arena Salvador 2014.

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