Paraolimpíadas 2008: A um dia do fim, Brasil confirma melhor desempenho da história

Ainda falta um dia para o encerramento dos Jogos Paraolímpicos de Pequim, mas o Brasil já pode comemorar uma marca histórica obtida na China. Com as medalhas conquistadas nesta terça-feira, o País superou o desempenho obtido em Atenas, há quatro anos, e pode comemorar a melhor participação brasileira na história das Paraolimpíadas, tanto em quantidade de medalhas quanto em número de ouro conquistados.

Com as vitórias de Lucas Prado, nos 400 m T11 masculino, e Terezinha Guilhermina, nos 200 m T11 entre as mulheres, o Brasil atingiu o inédito número de 15 medalhas de ouro conquistadas em Pequim - uma a mais em relação à marca de 14, obtida em Atenas. No total, o Brasil tem 45 medalhas (15 ouros, 13 pratas e 17 bronzes), número maior que as 33 conquistadas há quatro anos (14 ouros, 12 pratas e sete bronzes).

Nesta terça, os atletas brasileiros garantiram mais quatro medalhas, todas no atletismo. Lucas Prado garantiu o seu terceiro ouro em Pequim ao vencer os 400 m T11. Ele já havia ganhado nos 100 m e nos 200 m, na mesma classe.

Ainda entre os homens, o Brasil obteve a prata no revezamento 4x100 m T42-46. André Luiz Oliveira, Yohansson Nascimento, Claudemir Santos e Alan Oliveira chegaram em segundo na final da prova, atrás apenas da equipe dos Estados Unidos.

As outras duas medalhas vieram nos 200 m T11 feminino, com duas atletas brasileiras no pódio. Depois de ficar com uma prata nos 100 m T11 e um bronze nos 400 m T12, Terezinha Guilhermina finalmente assegurou uma medalha dourada ao vencer a prova. A compatriota Jerusa Santos ficou na terceira posição e ficou com o bronze.

O dia no Estádio Ninho de Pássaro também foi de destaque para o sul-africano Oscar Pistorious. Ele garantiu sua terceira medalha de ouro na Paraolimpíada de Pequim ao chegar na primeira posição dos 400 m T44, com direito a novo recorde mundial da prova.

Pistorious, que tentou a classificação para os Jogos Olímpicos, disputados no mês passado, acaba deixando Pequim com três medalhas paraolímpicas e 100% de aproveitamento em provas individuais, de modo semelhante à compatriota Natalie du Toit, na natação. Du Toit, que nadou a maratona aquática na Olimpíada, obteve cinco ouros nas disputas da Paraolimpíada no Cubo d'Água.

A maior vencedora no atletismo, porém, foi a canadense Chantal Petitclerc, com cinco medalhas de ouro. Ela venceu a sua quinta prova em Pequim nesta terça-feira, ao chegar na primeira posição dos 1500 m T54. Na mesma classe, ela ganhou os 100 m, 200 m, 400 m e 800 m.

Além da disputa do atletismo, o dia em Pequim também foi de finais nos esportes coletivos. No rúgbi em cadeira de rodas, os Estados Unidos superaram a Austrália na final, enquanto que os australianos levaram a melhor sobre o Canadá no basquete.

No futebol de sete, o ouro ficou com a Ucrânia, que bateu a Rússia por 2 a 1, na prorrogação. Na disputa do bronze, o Irã goleou o Brasil por 4 a 0, deixando a Seleção na quarta colocação.