sábado, 3 de julho de 2010

Entrevista com o ídolo Alviazulino, Toinho de Zé Néo

Foto e entrevista: Walter Miro

Em comemoração ao aniversário de 72 anos do Ypiranga, acompanhe esta entrevista com um dos maiores gênios da história do time de futebol santacruzense, Toinho de Zé Neo, um dos maiores camisas 10 da história Alviazulina.

Mala: Toinho, qual o sentimento de hoje, mesmo depois de tantos anos que você deixou os gramados, ainda ser lembrado como um dos maiores jogadores, se não o maior, da era amadora do Ypiranga?

Toinho: Eu não posso dizer que fui grande, isso cabe ao povo que me viu jogar. Sempre tive uma vida reservada como jogador, nunca fui "frouxo" sempre fui corajoso, desse "tamaninho" mas corajoso.

Mala: Você jogou em mais alguma posição, além do meio campo?

Toinho: Eu quero dizer uma coisa, eu joguei em dez posições pelo Ypiranga, só não atuei de goleiro, nas outras eu joguei e digo mais, joguei e dei conta.

Mala: Você tem alguma mágoa dos torcedores?

Toinho: Não muita, fico um pouco triste, porque, vou te dizer o que fiz, em todos os lugares onde joguei, cidades vizinhas, na Paraíba, outros eram mais famosos, mas o mais chamado era Toinho de Zé Neo, recebo homenagens nem que seja quando lembram de mim em uma "mala", mas sempre deixam outros grandes nomes de fora. Eu queria, por exemplo, que "Compadre" Tantinha fosse mais lembrado. O melhor jogador que eu vi de "beque central" foi ele, Tantinha não é lembrado como eu e como outros, é uma injustiça.

Mala: Foram quantos anos de Ypiranga? E ficou alguma lembrança especial dos tempos de jogador que possa ser citada?

Toinho: Foram vinte e três anos, e eu me lembro que certa vez aconteceu um campeonato aqui em Santa Cruz do Capibaribe, e um time chamado Santa Cruz acabou contratando quase todos os jogadores do Ypiranga, ficaram três ou quatro, vieram até me contratar, mas eu não quis, e o Ypiranga, com esses três ou quatro, inclusive eu, foi campeão. Poucas pessoas devem lembrar disso, mas aconteceu e eu estava lá.

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