Ontem à noite, o Ypiranga recebeu o Central em casa, para disputar mais uma rodada do Campeonato Pernambucano Brahma Fresh de Futebol.
A promessa era de um bom jogo, já que os dois times representam talvez a maior rivalidade do interior do estado, e ainda mais esse ano, onde os dois fazem campanhas apagadas, praticamente brigando na parte de baixo da tabela, contra o descenso.
Tanto os visitantes como o Azulão, estavam em uma bela noite para os seus elencos, ambos armando belas tramas e obrigando os arqueiros Geday e Davi a trabalharem, e muito, a fim de evitar os tentos.
Entre os “muitos jogos” que um clássico proporciona, o destaque foi a peleja entre os laterais Joãozinho e Russo, que catimbaram, driblaram um ao outro, e quem ganhou com isso, sem dúvida foi o espectador, que pôde ver dois grandes atletas duelarem na bola, para ver quem estava em uma noite melhor.
Pelos lados da Patativa, Fábio Silva, Cláudio, Jardel, Danilo e Aílton comandavam os ataques e as boas jogadas, pelo lado da Máquina do Interior, esse trabalho era desempenhado, pelos dois Juniores do time (Borracha e Xuxa), Júlio César, que faz um grande campeonato, Fagner, Assis e principalmente por Romarinho, que estava esperando pela oportunidade de ser titular, e quando ela veio ele só não conseguiu fazer gols, mas comandou belas jogadas.
No primeiro tempo, o bom futebol prevaleceu e grandes jogadas, belos arremates, aconteceram, porém, sem nenhum gol.
No segundo tempo, os dois times voltaram com muito empenho, os caruaruenses até melhor, para começo de jogo, chutando mais, atacando com mais precisão, o Ypiranga começou a etapa final direcionando suas ações para os fortes contra ataques puxados por Juninho Borracha, Joãozinho e Romarinho.
Como se diz na gíria dos boleiros, “Clássico não é clássico sem expulsão”, e quem se encarregou de não quebrar a escrita? Quem? Adivinha? Ele, sempre ele, o gênio incompreendido Luis Eduardo, que dessa vez, teve mais uma brilhante idéia, não puxou a camisa de ninguém, mas teve um lampejo de Giba, Geovane, Bernard, e meteu a “mãozona” na bola, onde? Onde? Adivinha de novo? Dentro da área, é claro, se não ele talvez não fosse expulso e não era assim que ele manteria a escrita.
Seguindo a regra do futebol, Emerson Sobral que não tinha nada a ver com a genialidade incompreendida de Luis Eduardo, além de expulsá-lo, assinalou o penal, e na cobrança, pobre de Geday, se o nosso companheiro Juan Cassio estivesse atrás do gol, ele certamente não teria saído na foto, pois a cobrança de Fábio Silva mandou (mais uma gíria de boleiro) “Goleiro prum lado, bola pro outro”.
Daí em diante, como desgraça pouca é bobagem, bateu a ansiedade no time do Ypiranga, e Santiago, que estava fazendo mais uma noite brilhante, desceu o sarrafo nos atacantes Centralinos e também foi para o chuveiro mais cedo, é a matemática lógica do futebol: cartão amarelo + cartão amarelo = cartão vermelho.
Daí pra frente, qualquer vestígio de esquema tático de Pedro Manta foi por água a baixo, os jogadores pareciam ovelhas no campo, a bola era o sino, para onde ia o sino, ia o monte de ovelhas com camisas azuis e brancas.
Saber quem marcava o quem atacava virou tarefa árdua para os companheiros comentaristas, virou uma zorra, passou de um clássico para um jogo de várzea, com todo o respeito à Várzea.
Com menos de 25 minutos, o Central marcou o segundo gol, novamente com Fábio Silva, e o terceiro, com Cláudio, que mesmo machucado, pôde se aproveitar de uma falha clamorosa de Geday, sua segunda falha em quatro jogos como titular.
Será que agora a “torcida”, ou melhor, os assistidores de jogo vão execrá-lo, como fizeram com o goleiro Sílvio, que se recupera de uma contusão sofrida enquanto defendia o Ypiranga com garra e ímpeto, sem usar palavrões, sem xingar os companheiros, pelo contrário, sendo xingado pelos torcedores, sendo agredido pela imprensa, principalmente pela imprensa que não acompanha os treinos, que só vão ao Estádio Otávio Limeira Alves em dia de jogo e durante o Campeonato Pernambucano.
O jogo acabou depois do terceiro gol Alvinegro, o time visitante prendeu a bola, tocando-a lateralmente, o Ypiranga de vez em quando descia ao ataque, principalmente com Juninho Borracha e Diogo, que entrou no lugar de Joãozinho, que saiu cansado de tanto lutar, Russo, seu oponente direto da noite também saiu, dando lugar a Eli.
Agora o Ypiranga claramente está brigando contra o rebaixamento. O Central agora espera receber em casa a Acadêmica Vitória, já o Ypiranga vai a Serra Talhada enfrentar o Serrano.
O Ypiranga perdeu mais uma com: Geday; Joãozinho (Diogo), Luis Eduardo, Santiago e Maurício; Juninho Borracha, Julio César, Fagner e Júnior Xuxa; Romarinho (Tiago) e Assis.
Téc. : Pedro Manta.
O Central foi a campo e venceu com: Davi; Russo (Eli), Rafael, Cícero e Adeildo; César Baiano, Jardel (Gil), Ailton e Danilo (Eider); Cláudio e Fábio Silva.
Téc. : Roberto de Jesus.
Cartões Amarelos:
Ypiranga: Santiago e Fagner.
Central: Davi e Eider.
Cartões Vermelhos;
Ypiranga: Luis Eduardo e Santiago.
Árbitro: Emerson Sobral.
Auxiliares: Aldir Pereira e Wilton Lins.
4º árbitro: Gleydson Leite.
Público pagante: 4870
Renda: R$ 3300,00
Preliminar: Campeonato Pernambucano de Juniores – Ypiranga 1 x 0 Central.
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