segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

No Clássico dos Desacreditados, deu Salgueiro

Redação

Na tarde de ontem, o Ypiranga foi até o alto sertão pernambucano, encarar a equipe do Salgueiro, em mais uma rodada do Pernambucano 2009.

Os dois times, desacreditados pela imprensa e pelas torcidas, pelas tradicionais campanhas que desempenham no futebol estadual e não estão conseguindo desempenhar nesse ano, começaram um jogo que foi apelidado de “O Clássico Desacreditado”, e para quem estava sem crédito o Salgueiro, que por pressão da torcida escalou o menino Anderson, atacante da equipe de juniores, começou muito forte no meio de campo, compacto e procurando ocupar os espaços possíveis.

Luis Eduardo, que entrou no lugar de Welton, que faz um campeonato irregular, já tratou logo de lembrar ao juiz, que foi ele mesmo, o jogador que foi expulso e que comprometeu o esquema de Pedro Manta, contra o Santa no Arruda, fazendo uma falta aos 4’ e ‘cheio de razão’ indo discutir com o senhor Sebastião Rufino Filho, que botou ordem no galinheiro mandando ele calar a boca.

Aos poucos, o Ypiranga começou a gostar do jogo, tocando a bola com qualidade e tentando criar chances com Júnior Xuxa, que entrara no lugar de Lulinha, por este estar cumprindo a suspensão após receber o terceiro amarelo, contra o Sport.

Mas o Carcará resolveu das às caras, conseguindo algumas boas cobranças de falta, e obrigando Geday a executar algumas boas defesas, Leonardo, contratado para ser a estrela do time sertanejo, incomodou (e como), o jovem arqueiro do Azulão, chutando de longe, de perto, driblando Geday e batendo para fora, de vários modos ele sempre assustava a defensiva Alviazulina, que estava em uma tarde inspirada, pelo menos no tocante ao beque Santiago.

Em uma das poucas escapadas do Azulão ao ataque, depois da pressão Salgueirense, Assis conseguiu um escanteio, mas Fagner, em co-produção com Bruno, conseguiu a proeza de se enrolar com a bola e a bandeira de tiro esquinado, arrancando risadas do torcedor, é o histórico popular “Pão e Circo”, servido pelos romanos à população, nos tempos idos do Império Romano, porém, sem o derivado do trigo.

O Salgueiro dominava o meio de campo e setor ofensivo, e o Ypiranga pouco fazia para mudar o quadro, mas surpreendendo até a si mesmo, atacou e conseguiu uma falta, onde Bruno colocou a bola na trave, arrancando o popular grito de “UHH” do torcedor, que como se diz, matou a franga.

Joãozinho tomou a responsabilidade do time visitante para si, e chegou algumas vezes ao ataque, atuando de forma praticamente independente e disparando algumas bolas rumo à meta de Luciano.

Antes do intervalo, Luis Eduardo novamente fez uma falta com “saúde em excesso” e por pouco não é mandado para o chuveiro mais cedo, no resultado da falta, Fagner, que estava assistindo o jogo de camarote, dentro do gramado, viu Marcos Mendes passar em suas barbas e fazer uma bela jogada, quase gol, do Carcará, mas o primeiro tempo acabou sem gols.


Na segunda etapa, Geday já começou salvando o Ypiranga do gol, mas no lance seguinte ao que o jovem e bom jogador Anderson chutou e ele executou a defesa, novamente Anderson bateu e marcou, hoje estamos usando algumas frases feitas, a da vez é “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.

Bruno e Fagner, queridinhos da torcida, estavam em uma tarde pouco criativa, mas o escolhido para deixar o campo mais cedo foi Bruno, substituído pelo “Incendiário da Etapa Final”, Juninho Borracha, que pouco conseguiu fazer para mudar a cara do jogo, mais uma frase feita, que até é letra de música “Uma andorinha só não faz Verão”, então Juninho e Joãozinho foram escolhidos para tentar garantir o bicho da rapaziada, Carlos também é chamado, para entrar no lugar de Rodrigão, que temos de admitir, não faz um bom campeonato, joga para o esquema, mas, lá vem outra frase feita “Centroavante vive de gols, o que não faz gol morre de fome”, Joãozinho depois deu lugar a Romarinho.

O time mandante também mexeu, pondo às pressas em campo, Renato Frota, digo às pressas, porque em sua primeira participação no jogo, Frota se contunde, prova clara de que não fez o aquecimento devido para entrar nas quatro linhas, e obriga a velha raposa do futebol pernambucano, Neco a colocar Rodrigo em seu lugar, mas esse sim, fez o aquecimento devido e aguentou o tranco até o fim.

Com o esquema extremamente ofensivo dos visitantes, o time da casa conseguiu imprimir belos contra ataques, e em um desses, Santiago, destaque vespertino da defesa, foi obrigado a cometer um pênalti.

Tal tiro penal foi executado por duas vezes, pois na primeira, talvez até os repórteres e os policiais presentes no Estádio Cornélio de Barros, invadiram a grande área, Alisson, que não tinha nada a ver, colocou o couro na marca da cal e converteu o tento, mas quando corria para o abraço, viu o árbitro mandar voltar a cobrança.

Na segunda cobrança, novamente Alisson, colocou o couro na marca da cal e converteu o tento dessa vez considerado legal pelo filho do lendário Sebastião Rufino, que recebe o mesmo nome do seu genitor.

Com 2 x 0 no placar, o Salgueiro começou a tocar a bola com calma, e tanta calma deu a chance de Júnior Xuxa atacar e sofrer uma falta, batida pelo próprio, como não foi gol, na jogada seguinte, o apagado Fagner sofreu uma falta, que não foi aos olhos de Sebastião Rufino Filho, na sequência do lance, Tiago bateu a gol, e no rebote Inho Baiano marcou o terceiro do Salgueiro, com desculpas pela rima.

Leonardo novamente será citado nessa resenha, pois ele foi substituído, deu lugar a Mazinho, jogador de defesa, talvez essa defesa tenha sido comprometedora, pois o “Incendiário da Etapa Final”, Juninho Borracha, armou uma bela trama e marcou o gol da honra do time do agreste pernambucano, o Salgueiro ainda perdeu Inho Baiano, expulso, e até tentou mais um tento, o Ypiranga também, mas ficou nisso mesmo 3 x 1 para os mandantes, e ponto final.


O Salgueiro jogou e venceu com: Luciano; Rogério, Alisson, Henrique e Henrique Hiroshi; Vitor Caicó, Tiago, Marcos Mendes e Leonardo (Mazinho), Anderson (Renato Frota) (Rodrigo) e Inho Baiano.
Téc. : Neco.

O Ypiranga perdeu de: Geday; Bruno (Juninho Borracha), Luis Eduardo, Santiago e Joãozinho (Romarinho); Tiago, Júlio César, Fagner e Júnior Xuxa; Assis e Rodrigão (Carlos).
Téc. : Pedro Manta.


Cartões Amarelos:
Salgueiro: Rogério, Henrique e Inho Baiano.
Ypiranga: Santiago, Tiago e Fagner.

Cartão Vermelho
Salgueiro: Inho Baiano.

Árbitro: Sebastião Rufino Filho
Auxiliares: Luis Fernando Coelho e Aldir Pereira
4º árbitro: Saulo Teodózio.

Público: não divulgado.
Renda: não divulgada.

Nenhum comentário: