sábado, 28 de fevereiro de 2009

De porta na cara, "pero no mucho"

Redação

A matéria publicada ontem na Mala Esportiva a respeito do comunicado que barrava a imprensa esportiva santacruzense no Estádio Otávio Limeira Alves repercutiu positivamente, hoje foram muitos os comentários via e-mail que recebemos, tanto elogiando como criticando nossa posição.

A sequencia de fatos (da maneira que aconteceram), nos levavam a realmente repudiar a atitude de barrar os repórteres e além de privar os profissionais de trabalhar, prejudicar o próprio Ypiranga, pois sua divulgação ficaria manipulada da maneira que quiséssemos impor e acontecimentos obviamente ficariam distorcidos.

Acompanhe a sequencia e tire suas próprias conclusões antes da explicação dada apenas hoje:

1 - Uma ordem para que os membros da imprensa se retirem do banco situado no gramado do Estádio é imposta e comunicada por um diretor (sabe-se lá se da diretoria social ou de futebol)
aos funcionários do Ypiranga para que repassem aos comunicadores;

2 - O repórter Rildo Pereira ( Rádio Santa Cruz FM) é comunicado que deve deixar as dependências do gramado, e apartir da data (27/02/2009), a imprensa esportiva da cidade só teria acesso ao CAMPO (substantivo popular, sinônimo para estádio), após as 17:30 (fato que inclusive já ocorre algo semelhante, nós só gravamos matérias com os atletas após esse horário que coincide com o final dos treinamentos);

3 - Indignado (ou não), o repórter da Santa Cruz FM sai do setor de gramado Departamento Médico e alojamentos, sentando-se na arquibancada que fica à esquerda das cabines de imprensa;

4 - O repórter Batistão (Blog Faltou O Gol - Rádio São Domingos FM) e seu filho, Marlon Batista (Blog Timão no Ar) que estavam sentados em um banco de madeira que fica ao lado da arquibancada que fica à esquerda das cabines de imprensa recebem o mesmo comunicado, indignados eles também saem do setor onde estavam e agem mais radicalmente, caminham até a entrada 1 do estádio, de onde não se deslocam até o momento em que vão embora para sua residência;

5 - O repórter Nadjo Feitosa (Rádio São Domingos FM) ao chegar ao Estádio encontra o companheiro de emissora e seu filho e ao perguntar o motivo de não estarem no banco situado no gramado onde costumeiramente ficávamos todos os repórteres, ele recebe o comunicado que já havia sido dado e solidariamente também fica na entrada 1 do Estádio;

6 - Enquanto se sucedia o 4º acontecimento, sem saber da situação, o repórter Walter Miro (Mala Esportiva - Rádio Comunidade FM) chega ao Estádio e vai direto ao gramado, sem falar com os outros companheiros de microfone sobre o ocorrido, chegando no setor, conversa com Bino, roupeiro, os dois saem do gramado conversando caminho à rouparia para esvaziar uma bola que estava muito cheia e naquelas condições era inútil para o treinamento.

7 - Na porta da rouparia, Walter Miro é chamado por Nadjo Feitosa, que expõe os fatos ocorridos, com as mesmas palavras que ouviu, em solidariedade aos companheiros "colocados para fora", o repórter da Mala se junta aos companheiros e juntos, buscam encontrar alguma maneira de mostrar a indignação geral com o ocorrido.

8 - A primeira atitude tomada é um boicote às entrevistas com o elenco do Ypiranga ontem, mesmo após as 17:30, nenhum membro da imprensa esportiva local se dirige ao gramado, aos poucos, todos deixam o Limeirão, cada um com um protesto diferente em mente.

9 - Na noite de ontem, cada um à sua maneira protesta, seja em programas de rádio ou em blogs, caso da Mala Esportiva e do Faltou o Gol.


Hoje, com todos "barrados", poucos repórteres se dirigiram ao Otávio Limeira Alves, no final da tarde, após o treino, Rildo Pereira foi comunicado do real motivo da "porta na cara" e nos explicou, o portão restrito à imprensa é o que dá acesso ao gramado e não ao Campo (Estádio), com isso os repórteres podem normalmente se situarem até o "DM" para assistirem o treino, ou no banco que fica ao lado da arquibancada que fica à esquerda das cabines de imprensa.

Nós, com um dia de atraso, entendemos o comunicado e também os motivos da ordem (excesso de pessoas que estavam lá apenas para assistir os treinamentos sem trabalhar desempenhando qualquer função), com certeza cumpriremos o trato imposto sem rebeldia, mas resta saber se as emissoras de televisão também terão que cumprir com o "comunicado da discórdia".

Com relação a qualquer adjetivo utilizado de maneira hostil pela Mala Esportiva, pedimos compreensão pelo mal-entendido, que de qualquer forma foi um erro cometido pelo emissor da mensagem e não pelos seus receptores que se encontravam de ânimos exaltados.

A Mala Esportiva reafirma que é contra qualquer tipo de censura, mas através dessa publicagem, entende que o motivo de não serem mais permitidos repórteres no gramado antes das 17:30 é uma medida possível de ser compreendida e obedecida.

MALA ESPORTIVA - LEVANDO O MELHOR DO ESPORTE ATÉ VOCÊ!

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