Sete de Setembro vence o Ypiranga

Redação

Ontem à noite, o Ypiranga recebeu o Sete de Setembro, em partida válida pela 10ª rodada do Campeonato Pernambucano, era uma oportunidade de Marcelus Almeida conquistar o torcedor, dando de presente uma vitória em casa, fato ocorrido apenas na segunda rodada.

O jogo começou em um nível interessante, ao contrário do que esperava a maioria, os times não se estudaram nos 15 minutos iniciais, partiram pra cima um do outro, criando oportunidades de marcar, o Sete, com mais precisão.

O Ypiranga se postava confuso em campo, errando passes, cometendo erros crassos em sua marcação, era um time que pouco atacava com potência e as cobranças de falta do eram a principal arma dos Alviazulinos, Bruno estava afoito e disposto a marcar o seu, toda bola parada ele ia direto para o local pedindo a bola e desperdiçando a cobrança.

Como quem não faz leva, Zaqueu deixou o primeiro gol setembrino sem ligar para a indecisão do Ypiranga em campo 0 x 1, para o Sete de Setembro.

Quando chegava ao sistema ofensivo oferecendo algum risco de gol, a Máquina esbarrava no belíssimo goleiro Mondragón, Assis e Jefferson Romarinho tentavam, mas não conseguiam vazar a meta do Sete.

A impaciência começava a chegar à cabeça dos torcedores, que quando começaram a vaiar o time da casa, tiveram um motivo maior para a negatividade, Júlio César comete um pênalti claro em Nêgo Pai, Gilberto Castro Júnior assinalou com precisão a penalidade e dá o cartão amarelo ao jogador do Ypiranga, com precisão, o próprio Nêgo Pai bateu o tiro penal, Geday chegou a acertar o canto, mas não chegou na bola, 0 x 2.

Atendendo aos pedidos da torcida, Marcelus Almeida coloca Fagner, no lugar de Júlio César, que sai vaiado de campo.

Joãozinho estava jogando isolado na esquerda e não rendia o esperado, por que todo o time insistia em concentrar os ataques na ala direita.

A melhor chance do Azulão no primeiro tempo, foi uma falta cobrada por Júnior Xuxa, que tocou a rede pelo lado de fora, mas passou tão perto, que chegou a arrancar o grito de gol do torcedor e de muitos narradores e comentaristas.

Na etapa final, o jovem Marcondes fez sua estréia no profissional, entrando justamente no lugar de Joãozinho, a alteração não trouxe estabilidade no setor, sua juventude não inspirou confiança nos companheiros, a Raposa de Garanhuns percebeu e começou a atacar justamente por aquele setor.

Júnior Xuxa, que tentava, mas não conseguia grandes feitos, deu lugar a Juninho Borracha, que dessa vez não conseguiu incendiar o jogo quando entrou, fez uma atuação regular, porém, abaixo do costume.

No lado do Sete, Israel, que jogou no Ypiranga em 2006, entrou no lugar de Paulinho, Givaldo entrou no lugar de Índio e Poly foi a campo no lugar de Jailton, esse aliás, ao lado de Marcelo Capanema, que jogou no Ypiranga em 2003, eram os melhores jogadores da noite.

Com as alterações, o Sete recuou por alguns minutos, dando espaço ao Ypiranga para atacar, Jair, Jefferson Romarinho, Juninho Borracha, Assis e Piu tentaram, mas nenhum foi capaz de bater Mondragón, que além de ser um bom goleiro, é sortudo, viu bolas como a de Júnior Xuxa no primeiro tempo passarem por ele e mesmo assim irem para fora.


Nos últimos instantes do jogo, a falta de experiência do goleiro Geday foi evidente, e em uma jogada dentro da área, após um possível toque de Jair, o que dá margem interpretativa ao lance, ele tocou a bola com as mãos, caracterizando recuo de bola, penalidade plausível de cobrança de dois toques.

Esse tipo de lance geralmente é muito polêmico, sua cobrança dentro da área, com a barreira posta sobre a linha de meta é preocupante para o time penalizado e para a arbitragem que tem muitos detalhes a observar em um curto espaço de tempo, prova disso é que o Sete de Setembro teve de cobrar duas vezes a falta para que valesse já que na primeira um jogador do Ypiranga ultrapassou os regulamentares 9,15m antes do toque na bola, mesmo assim Nêgo Pai fez o gol, só que como foi irregular, ele teve de cobrar de novo, isso talvez o inspirou, pois na segunda ele cobrou com mais preciosismo, dando um toque na bola que a fez bater no travessão antes de ir para as redes e dando números finais a partida: Ypiranga 0 x 3 Sete de Setembro.


Ficha do Jogo:

Ypiranga: Geday; Bruno, Maurício, Lima e Joãozinho (Marcondes); Piu, Júlio César (Fagner), Jair e Júnior Xuxa; Jefferson Romarinho e Assis.
Téc. : Marcelus Almeida.

Sete de Setembro: Mondragón; Paulinho (Israel), Índio (Givaldo), Oliveira e Nando; Nei Carioca, Jailton (Poly), Zaqueu e Marcelo Capanema; Nêgo Pai e Marcelo Paraíba.
Téc. : Lourival Silva.

Gols:
Sete de Setembro: Zaqueu (19’) e Nêgo Pai (34’ e 43’ do 2º)

Cartões Amarelos:
Ypiranga: Geday, Júlio César e Fagner.
Sete de Setembro: Oliveira, Nei Carioca e Marcelo Paraíba.

Árbitro: Gilberto Castro Júnior
Auxiliares: Ubirajara Ferraz e Paulo Steffanello
4º árbitro: Enéias Leite

Público: 4266
Renda: R$ 2530,00

Preliminar: Campeonato Pernambucano de Juniores – Ypiranga 0 x 1 Sete de Setembro