quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Após acerto com a CBF, ministro pede diálogo com clubes sobre novo calendário

Uol

Na última sexta-feira, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o governo federal acertaram um plano de intenção para adequar o calendário do futebol no país ao usado na Europa, gerando reações favoráveis e contrárias. Diante da polêmica, o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., afirmou nesta quarta-feira que pretende ouvir a posição dos clubes sobre o assunto.

"Eu conversei com o presidente do Clube dos 13 [Fábio Koff] e pretendemos fazer um diálogo com os clubes", revelou o ministro. "Após a reunião da última sexta-feira, definimos que a CBF teria 30 dias para estudar o projeto e, após isso, voltaríamos a conversar só depois".

Apesar de buscar uma aproximação com os clubes, ainda não há previsão de um encontro formal do ministro do Esporte com os dirigentes ou mesmo uma reunião do político no C-13.

Em contrapartida, nesta quarta-feira, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, iria se encontrar com Fábio Koff, no Rio de Janeiro. Na pauta estavam discussões em torno da adequação do calendário e da criação da Lei de Responsabilidade Fiscal, projeto já defendido pelo C-13, mas um problema de saúde do representante dos clubes acabou adiando a reunião.

Além de colher a opinião dos clubes acerca da adequação do calendário, as reuniões também podem ajudar a definir quando a mudança passará a valer, caso ela seja aprovada. Na última sexta-feira, o ministro do Esporte deu a entender que essa alteração necessitará de um período de transição, inviabilizando assim o seu início em 2011.

"Existem contratos já firmados e [para que haja uma definição sobre a mudança] todos devem ser ouvidos", completou Silva Jr.

Atualmente, a Rede Globo detém até 2011 os principais contratos comerciais e de transmissão com os clubes brasileiros. Apesar de ser contrária à alteração no calendário brasileiro, a emissora admite que não existe nenhuma cláusula que impeça a adequação com o acordo em vigência.

"No contrato não diz nada [que não permita a mudança], mas não é uma coisa que seja interessante para nós", resumiu Marcelo Campos Pinto, diretor da Globo Esportes, área da emissora responsável pelas negociações com os clubes.

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