sexta-feira, 3 de julho de 2009

"Ypiranga, meu Amor Maior", por Walter Miro

Redação

A Mala Esportiva, mesmo sem contar com profissionais formados na área da comunicação (ainda), sempre procurou agir nesse período em que estamos em atividade com o máximo de profissionalismo possível, sempre visando a imparcialidade nas notícias aqui divulgadas.

Mas não é todo dia que o seu time de coração faz aniversário, e eu Walter Miro, não poderia deixar passar em branco essa data, onde o meu querido e Glorioso Ypiranga faz 71 anos. E será com um texto pessoal que tentarei homenagear o aniversário do time.

"Ypiranga, meu Amor Maior", por Walter Miro

Na minha família é possível encontrar torcedores das mais v
ariadas agremiações desportivas desta Nação. Torcedores de clubes do eixo-sul-sudeste, torcedores de times da capital pernambucana. Mas acho que você não escolhe o time, já nasce torcedor, foi o meu caso.

Filho de pai Rubro-Negro, e criado para tal, fui teimoso e escolhido para torcer para o time da minha cidade, é verdade que nasci em Caruaru, por que infelizmente não pude escolher, mas gostaria de ter nascido em Santa Cruz do Capibaribe, apenas para ser "irmão de terra" do meu time de Coração.

Não há emoção maior do que poder acompanhar o cotidiano do seu clube de coração, emoção que aqui em nossa cidade poucas pessoas têm, eu particularmente considero um privilégio poder bater no peito e gritar aos quatro ventos "SOU ALVI-AZULINO COM MUITO ORGULHO!", e como tal, tenho como acompanhar desde os bastidores até o que aparece para o grande público. Sei de muitas coisas que aconteceram nesses poucos dias em que posso fazer parte dos comunicadores que convivem com a realidade do Ypiranga, algumas delas indignas da sua história e tradições. Mas ao contrário do que facilmente fariam alguns, não viro as costas para o meu Azulão, diante de tais fatos e se um dia eu "virei a casaca", foi para me tornar Alvi-Azulino NATO.

Se como dizem alguns torcedores "a diretoria é distante do torcedor", "a parte social do Clube vive praticamente abandonada", dentre outras coisas, vale lembrar que isso tudo é passageiro, até nós somos passageiros, o Ypiranga não, ele é imortal, é mais antigo do que a própria cidade de Santa Cruz do Capibaribe, enquanto município emancipado. Todos os habitantes dessa cidade, têm uma história, um fato marcante para contar e citar o Ypiranga, por mais simples que seja, uma felicidade, uma frustação, seja lá o que for, mas o Ypiranga faz parte de todos dessa terra.

A minha maior emoção com relação ao Ypiranga, fará aniversário de cinco anos no próximo dia 15, quando faremos 5 anos de primeira divisão estadual. Como esquecer a tarde em que passei com amigos, ouvindo músicas para diminuir a tensão e vontade de ir para o jogo contra a então Desportiva Vitória, nesse dia recordo de apenas uma música, que talvez defina o meu sentimento pelo Ypiranga: "Amor Maior", da banda mineira Jota Quest. No jogo, como esquecer os 3 x 2 de virada, o gol de Fabinho, a invasão do gramado pela torcida, pessoas, inclusive eu, andando de joelhos pelo gramado e agradecendo aos céus, (no meu caso, à Nossa Senhora de Aparecida) e o choro abraçado ao meu pai dizendo, "Pai, nós conseguimos, nós somos de PRIMEIRA".

Outras emoções de grande porte também podem ser citadas como ter cedido a bandeira com a qual o Juniores se apresentou na Copa São Paulo de Futebol Júnior 2009, vitória sobre o Manchete em 2005, em Caruaru, a virada sensacional sobre o Itacuruba no mesmo 2005, no Limeirão o gol épico, e digno de uma placa, muito mais bonito do que o de Maradona em 1986, marcado pelo meu "maestro", Wilson Surubim, em 2006, contra o Sport, a vitória sobre o Santa Cruz com direito à expulsão e Carlinhos Bala, também em 2006, a humilhante vitória sobre o Náutico por 2 x 1, fora o baile em 2007, no Limeirão durante o ano corrente, os 9 x 0 diante do Serrano.

Talvez a emoção que mais se assemelhe à emoção do acesso, a minha primeira narração de um gol do meu time de coração, Fagner, contra o Porto, nos 4 x 2, depois, um gol de Wilson Surubim, Assis, e o menino Marcelo. Nesse jogo, o amigo Pablo Ricardo, que filmou os jogos do certame 2009 teve trabalho para reduzir o volume da narração, pois eu berrei e admito, porém foram gritos de emoção, por garantir mais um ano de primeira divisão. "Fagner, é da Máquina, é da minha Máquina", até hoje essa narração é lembrada por alguns amigos meus.

E sem falar na amizade com pessoas do nível de Reginaldo Sousa, técnico em 2008, hoje no Treze-PB, que sempre me atendeu com muita gentileza e paciência, Valmir Sabino, um dos maiores e melhores profissionais que vi trabalhar na vida, e muitos outros que não citarei para não ser injusto.

Por causa de emoções como as citadas, emoções que até hoje me arrepiam, como no momento em que escrevo estou, choro de felicidade por poder dizer que tenho sangue azul e branco assim como Sêu Luiz, Geraldo, Bilim, Quinha, o Hippie e tantos outros.

Para fim de conversa, pois ainda estou comemorando nosso aniversário, apenas posso dizer: PARABÉNS MEU YPIRANGA, MEU AMOR MAIOR!

Um comentário:

Anônimo disse...

Meu amigo Walter, parabéns pela matéria publicada. Reflete muito bom o que você sente pelo Ypiranga. Fico muito satisfeito em ver um torcedor forte como você, resistir às pressões que a mídia impõe sobre nós que estamos "fora do eixo". Como você sabe, sou alvirrubro (tanto quanto vc é alvi-azulino!!!), e torço por quase todos os clubes de Pernambuco, só que em Recife, só posso torcer pelo aristocrático, e jamais pelos outros...!!!
Convido cv a fazer uma matéria falando sobre o Ypiranga atual, jogadores profissionais, juniores... o que vc quiser falar, para eu publicar no www.vermelhodeluta.com.
Aguardo seu retorno, Saudações, e Parabéns, continue assim torcendo pelo seu time, o Ypiranga fica mais forte com você.
Fernando.