terça-feira, 6 de outubro de 2009

A nova fórmula do Estadual mais longo do Brasil

Com informações do Blog do Torcedor

Hoje à tarde, na sede da FPF-PE, ocorreu o Conselho Arbitral do Campeonato Pernambucano
2010 onde foi aprovada a mudança da fórmula do certame, pela terceira vez consecutiva em três anos. Todos os clubes, à exceção do Sport votaram a favor de uma fórmula semelhante à do Campeonato Paulista. Antes por pontos corridos, a decisão do campeonato passará a ser em semifinais e final.

(Sabe aquela história do menino rico e dono da bola quando fica de mal com os outros da rua? É o caso do Sport...)

Os 12 times (Sport, Náutico, Santa Cruz, Salgueiro, Central, Porto, Cabense, Ypiranga, Sete de Setembro, Vitória, Vera Cruz e Araripina) se enfrentarão em jogos de ida e volta na primeira fase. Os quatro melhores colocados se classificam para a segunda fase, que consistirá na disputa de semifinais com cruzamento olímpico (1º x 4º e 2º x 3º), nas quais serão conhecidos os finalistas da competição. Os dois últimos colocados da primeira fase serão rebaixados.

O campeonato prevê também que os times que ficarem entre 5º e 8º colocados disputarão o título de campeão do interior, uma inovação interessante para os clubes que ficarão de fora das semifinais e finais principais. Caso um dos times do Recife (Santa Cruz, Náutico e Sport) estiverem nessas posições, a vaga será repassada para a próxima equipe do interior (9º colocado em diante, se necessário).

Em um pique só

Com 26 datas, o Pernambucano será o Estadual mais longo do Brasil. Será o primeiro a começar, no dia 13 de janeiro, e o último a terminar, no dia 4 de maio, uma terça-feira (o Brasileirão começará no dia 8 de maio, sábado).

Por que o exagero nas datas? Porque, para a competição em 2008, foram acrescentadas duas equipes. Eram dez, e o presidente da Federação Pernambucana de Futebol decidiu incluir duas equipes, naquele campeonato maluco dos quadrangulares e hexagonais onde o Ypiranga quase belisca uma vaga na Copa do Brasil 2009. A fase de classificação, que, com dez times, teria 18 datas, passou a ter 22 datas, que se somam às quatro das semifinais e final para resultar no Estadual mais longo do País.

Essas quatro datas a mais cairão nas costas dos jogadores, que terão um tempo bastante reduzido para a pré-temporada (para os que se apresentarem em cima da hora) e enfrentarão uma maratona, com jogos espremidos, e inclusive a final do campeonato realizada atipicamente numa terça-feira.

Algo que vai motivar reclamações dos jogadores e da comissão técnica, sem dúvida. Mas que os clubes não interpretaram como um problema, uma vez que nem sequer discutiram sobre a solução, que é a redução no número de equipes na próxima temporada, através do rebaixamento de quatro equipes. O que já poderia ter sido incluído no novo regulamento, para começar a vigorar em 2011.

O próprio diretor técnico da FPF, José Joaquim, reconheceu, em entrevista após o encerramento do evento, que o problema das datas se deve à quantidade de equipes, e que era bom mudar. Disse mais: "Se eu estivesse na Federação na época (2008), não teria aumentado o número de times".

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