segunda-feira, 15 de junho de 2009

Fracasso de público faz FIFA cogitar doações de ingressos

Redação e agências nacionais

No mesmo dia em que anunciou uma insatisfação com os esforços feitos pela África do Sul para atrair torcedores para os estádios durante os jogos da Copa das Confederações, a FIFA já admite uma solução de última hora para ter casa cheia nas próximas partidas.

A entidade vai se reunir nas próximas horas com o comitê organizador da competição, também responsável pela Copa do Mundo de 2010, para cobrar medidas urgentes e ter os espaços ocupados nas arquibancadas nas rodadas seguintes.

Após a realização dos quatro primeiros jogos e o fim da rodada de abertura, a entidade maior do futebol mundial se mostra descontente com o público e, entre as medidas que deve sugerir no encontro, deve incluir a doação de ingressos para estudantes, medida que pode acontecer já à partir de quarta-feira (e que, guardadas as devidas proporções, o Ypiranga já fez algo parecido no jogo em que goleou o Serrano por 9 x 0 no segundo turno do Campeonato Pernambucano 2009), data dos confrontos Espanha x Iraque, África do Sul x Nova Zelândia, ambos pelo Grupo A.

Nesta segunda-feira, antes do duelo entre Brasil e Egito, em Bloemfontein, o presidente da entidade, Joseph Blatter admitiu a frustração com o número de espectadores no primeiro dia dos jogos. "Estamos felizes com os torcedores que foram ao estádio. Porém, não estamos felizes com o número de torcedores", disse o suíço.

Na África do Sul, o futebol é o esporte preferido entre da população negra, na maioria de pouco poder aquisitivo. Tanto que os ingressos mais baratos normalmente são esgotados. Já a população branca, das classes econômicas mais privilegiadas, prefere o críquete e o rúgbi.

Na partida entre África do Sul e Iraque, a FIFA divulgou um público de 48.837 em um estádio com capacidade para 52.300. Já o jogo entre Nova Zelândia e Espanha, no Estádio Real Bafokeng, teve 21.649 pessoas de um total possível de 42 mil lugares.

No segundo dia de competição, a fraca presença de público foi mantida, com inúmeras cadeiras vazias nos estádios, apesar de um anúncio anterior da organização de que restavam poucos ingressos à venda. A estreia brasileira na África do Sul foi assistida por 27.851 no Free State Stadium, que tem capacidade para 38 mil pessoas. Já a vitória italiana por 3 a 1 sobre os Estados Unidos teve um público de 34.341 no Loftus Versfeld, que tem 45 mil lugares.

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