Sabe aqueles filmes da Disney de basquete, beisebol, futebol americano, ou o que quer que seja, onde sempre têm o final manjado, o time que começa perdendo acaba ganhando e com um ponto no final, com um gordinho pulando na arquibancada e tudo mais? Pois é, só faltou a atriz pra dar o beijo em Lúcio e todo mundo aplaudir.
Após um começo assustador, a Seleção Brasileira está coroado 2009 como o melhor ano da "Era Dunga" com uma reação realmente inacreditável, um show de Luís Fabiano, O Fabuloso, e um gol do zagueiro Lúcio, o Brasil venceu os Estados Unidos por 3 x 2, após estar perdendo por 2 x 0 ainda no primeiro tempo (é como se diz, "não há mais bobos no futebol" ). Com o resultado, os brasileiros sacramentaram a campanha perfeita, com cinco jogos e cinco vitórias.
Esta, sem dúvida, foi a final mais emocionante das ganhas pelo Brasil na competição, também pudera, em 1997, uma goleada por 6 x 0 sobre a Austrália (três de Ronaldo e três de Romário) garantiu a primeira taça, já oito anos depois, nova goleada, desta vez sobre a rival Argentina, por 4 x 1. Os gols foram de Adriano (duas vezes), Kaká e Ronaldinho Gaúcho, na época, o melhor jogador do mundo.
Diferente da calmaria das finais anteriores, neste domingo, tudo foi diferente. Ainda no primeiro tempo, o Brasil chegou a ir para o intervalo com uma bela desvantagem de dois gols, Dempsey e Donovan colocaram os americanos na frente do placar. Na etapa final, brilhou a estrela de Luís Fabiano, que marcou dois gols de oportunismo e cada vez mais ele se mostra como provável camisa 9 da Seleção na Copa de 2010. O zagueiro, capitão e gigante em campo, Lúcio completou o marcador, de cabeça, no final do segundo tempo.
Com o tricampeonato, o Brasil sagrou-se o maior campeão da história da Copa das Confederações, a frente da França, que venceu o torneio em 2001 e 2003. Os outros campeões são: Argentina (1992), Dinamarca (1995) e México (1999).
Pode se dizer que o Brasil fez "barba, cabelo e bigode" na competição, pois aliás de conquistar o tricampeonato na Copa das Confederações, a Seleção Brasileira dominou a entrega dos prêmios individuais da competição. Entre os seis troféus entregues após a partida, os brasileiros conseguiram quatro.
O meia Kaká ganhou a Bola de Ouro, prêmio para o melhor jogador do torneio, Kaká também foi eleito o melhor jogador da final. O prêmio de melhor da competição é dado desde 1997, quando ficou com o também brasileiro Denílson, depois dele, na Canarinho vieram Ronaldinho Gaúcho (1999) e Adriano (2005). Outros ganhadores do prêmio são os franceses Thierry Henry (2003) e Robert Pires (2001).
A Bola de Prata ficou com o atacante Luís Fabiano, que recebeu também a Chuteira de Ouro, dada ao artilheiro da competição (cinco gols em cinco jogos). O norte-americano Dempsey ficou com a Bola de Bronze.
Lúcio, recebeu o Troféu Fair Play, pelo fato de a equipe brasileira ter sido a mais disciplinada da competição.
O goleiro norte-americano Howard ficou com a luva de ouro, como o melhor da posição no torneio.
"Dói muito deixar uma chance como essas passar. Está derrota é realmente dolorosa. Mas espero que tenhamos mostrado para o mundo que temos uma boa equipe, com grandes jogadores", disse o treinador norte-americano Bob Bradley, que mais parece um robô em campo, atuando muito diferentemente dos técnicos latinos, por exemplo (se comparado a Hélio dos Anjos ou Rubens Monteiro, por exemplo...).
Após a derrota, Bradley fez questão de enaltecer a evolução do futebol norte-americano nas últimas temporadas, sobretudo desde a criação da Major League Soccer, uma especie de "Série A" do futebol dos EUA.
"Isso não é algo que aconteceu apenas nos últimos dias. É o resultado de esforços de muitas pessoas, e tem sido muito importante em nossa caminhada rumo ao topo do futebol", afirmou o técnico.
Ficha do jogo:
Estados Unidos 2 x 3 Brasil
Local: Estádio Ellis Park, Johanesburgo - AFS.
Estados Unidos 2 x 3 Brasil
Local: Estádio Ellis Park, Johanesburgo - AFS.
Árbitro: Martin Hansson - SUE
Cartões Amarelos: Bocanegra (Estados Unidos); Felipe Melo, André Santos e Lúcio (Brasil)
Gols: Dempsey aos 9’/1T, Donovan aos 27’/1T (Estados Unidos); Luís Fabiano a 1’/2T e aos 28’/2T e Lúcio aos 38’/2T (Brasil)
Estados Unidos
Howard; Spector, Onyewu, Bocanegra e Demerit; Dempsey, Feilhaber (Kljestan), Clark (Casey) e Donovan; Davies e Altidore (Bornstein).
Howard; Spector, Onyewu, Bocanegra e Demerit; Dempsey, Feilhaber (Kljestan), Clark (Casey) e Donovan; Davies e Altidore (Bornstein).
Técnico: Bob Bradley.
Brasil
Júlio César; Maicon, Lúcio, Luisão e André Santos (Daniel Alves); Gilberto Silva, Felipe Melo, Ramires (Elano) e Kaká; Robinho e Luís Fabiano.
Júlio César; Maicon, Lúcio, Luisão e André Santos (Daniel Alves); Gilberto Silva, Felipe Melo, Ramires (Elano) e Kaká; Robinho e Luís Fabiano.
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