Os brasileiros podem um dia se juntar a outros latino-americanos na principal liga de beisebol dos Estados Unidos, se uma academia dos Tampa Bay Rays, a ser montada em Marília, interior de São Paulo, tiver êxito.
"O nosso sentimento é que o Brasil pode ser um grande celeiro de talentos de beisebol", disse Gerry Hunsicker, vice-presidente dos Rays, numa entrevista para anunciar que o time será o primeiro da chamada Major League de beisebol a ter um centro de treinamento no Brasil.
Andres Reiner, assistente do Rays, afirmou que não há razão para o Brasil não produzir craques do beisebol, já que o país tem atletas de ponta em futebol, basquete, tênis, vôlei e automobilismo.
"Estou convencido de que há um tremendo potencial. Precisamos ensinar os jovens porque eles não conhecem o jogo", declarou Reiner.
Nunca um brasileiro jogou na liga principal norte-americana, mas alguns disputaram torneios de menor importância.
Os Rays recentemente contrataram o brasileiro Leonardo Reginatto, de 19 anos, que jogava na Venezuela, um dos centros do esporte na América Latina.
No Brasil, o beisebol é popular entre a comunidade japonesa.
A academia de Marília será parecida às áreas de treinamento que os Rays e outros times têm na República Dominicana e na Venezuela.
Orçada em US$ 750 mil (cerca de R$ 1,5 milhão), a academia terá quatro campos de beisebol e dormitório para 40 jogadores. Dois dos campos serão exclusivos para o treinamento de crianças e adolescentes entre 6 e 13 anos.
O prefeito de Marília, Mário Bulgarelli, se disse contente de ter a academia na cidade a 400 km de São Paulo. "Marília pode ser um centro para desenvolver o beisebol", afirmou o prefeito.
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