quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Agora deu! Pole dancing quer vaga nos Jogos Olímpicos

UOL

Antes restrita a clubes noturnos, a conhecida "dança no poste" virou sinônimo de boa forma e passou a ser praticada em academias. A quantidade de interessadas fez o pole dancing virar um esporte em alguns países, com apresentações avaliadas por nota. Agora organizadas em federações e confederações, as meninas sonham em colocar a modalidade nos Jogos Olímpicos.

"Um dia a comunidade olímpica verá o pole dancing como um esporte. Eles precisam reconhecer o número de pessoas que hoje em dia praticam o pole dancing para manter a forma. Nós estamos sonhando com os Jogos de Londres, em 2012", disse Ania Przeplasko, dançarina de Hong Kong e fundadora da Associação Internacional de Pole Dancing Fitness.

A ideia, no entanto, ainda está longe de sair do papel. O programa de esportes para o evento na Grã-Bretanha já está definido, e dificilmente sofrerá alterações. Como o Comitê Olímpico Internacional (COI) não realiza mais eventos de exibição, a dança precisaria de um forte trabalho de lobby para poder participar da festa.

Mais que isso, as dançarinas ainda precisam do reconhecimento da modalidade. Apesar de organizar competições com alguma frequência, a federação de pole dancing não é filiada do COI e, portanto, ainda não tem o caráter esportivo. Mesmo cientes das dificuldades, as meninas iniciaram uma manifestação na internet e contam com um abaixo-assinado com cerca de 4 mil assinaturas pedindo a inclusão nos Jogos.

"Depois de um ótimo retorno da comunidade que pratica o pole dancing, muitas de nós decidiram que já é hora da dança ser reconhecida como esporte, e o que é melhor para isso do que fazer parte de Londres 2012?", disse KT Coates, diretora da entidade que concede registros a dançarinas e professoras na Grã-Bretanha.

A necessidade de inclusão no movimento olímpico, porém, não é uma unanimidade entre as praticantes. Algumas das mais veteranas temem que o pole dancing perca seu caráter sensual fora dos clubes, e que a modalidade seja dominada por ginastas.

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