sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Jogadores ingleses não aceitam participar de campanha contra a homofobia

AFP

A Associação de Jogadores Profissionais Ingleses (PFA) não encontrou nenhum jogador que aceitasse participar de uma campanha contra a homofobia, revelou nesta sexta-feira o jornal britânico The Independent.

Como parte de uma campanha elaborada pela Federação Inglesa (FA), a PFA pretendia realizar um videoclipe com as estrelas da Premier League.

"Todo mundo acredita que os jogadores são acessíveis, mas temas como este não são fáceis. Lembre de que há não muito tempo, até os jogadores negros não gostavam de abordar a questão racial", ressaltou o diretor geral da PFA, Gordon Taylor.

"O jogador pode não querer se apresentar como voluntário por temer uma série de comentários mordazes", explicou ao periódico The Independent o encarregado da luta contra a homofobia da FA, Peter Clayton, que decidiu suspender a campanha.

Se as atitudes racistas são o alvo de uma política repressiva sem concessões, as canções homófobas continuam surgindo nos estádios.

O galês Gareth Thomas se tornou no final de 2009 o primeiro jogador de rugbi a revelar a sua homossexualidade, mas nenhum jogador de futebol conhecido seguiu esse caminho depois de Justin Fashanu na década de 1990.

Essa revelação fez com que o jogador fosse alvo de insultos permanentes nos estádios, motivo pelo qual se exilou nos Estados Unidos, onde acabou se suicidando em 1998.

Duramente criticado por ter insultado ao vivo um locutor de rádio por sua homossexualidade, o zagueiro inglês Rio Ferdinand, envolvido na luta contra o racismo, pediu desculpas antes de se tornar um dos poucos jogadores a denunciar as canções homófobas.

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