segunda-feira, 1 de junho de 2009

Brasil 2014: Excluídos "se revoltam" com a CBF

Redação

As cinco cidades candidatas a Cidade-sede da Copa do Mundo de 2014 reclamaram a não escolha após a confirmação das 12 que receberão jogos.

As maiores críticas vieram por parte de Florianópolis, capital de Santa Catarina.

Campo Grande-MS, Belém-PA, Goiânia-GO e Rio Branco-AC, foram as outras que ficaram de fora.

"Foi um jogo de cartas marcadas", acusou o secretário de Esporte, Turismo e Cultura de Santa Catarina, Gilmar Knaesel, que mesmo sabendo do "jogo de cartas marcadas" não deixou de ir às Bahamas acompanhar de perto o anúncio oficial.

Para Knaesel, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, teve influência no processo de seleção. Ele revelou uma conversa que teve meses atrás com João Havelange, presidente de honra da FIFA e com o paraguaio Nicolás Leoz, presidente da Conmebol.

"Eles nos disseram que a FIFA estava à frente do processo, mas iria de acordo com Ricardo (Teixeira). Na dúvida, o Ricardo é consultado e nos expôs ao ridículo de acreditar que a eleição aconteceu por critérios técnicos.", afirmou Gilmar.

Ricardo Teixeira, como desde o anúncio de que o Brasil seria sede de 2014, deixou claro que não teve participação na decisão. "Tive (influência) como membro do poder executivo da FIFA. Votei e lutei a favor das 12 sede ao invés de 10, como é o normal", disse o presidente da CBF, que anunciou como "prêmio de consolação" para as cinco cidades não indicadas, a promessa de poder organizar amistosos da Seleção, hospedagem de seleções estrangeiras na Copa, etc.

"Não estamos satisfeitos. Quem briga pra ser presidente não se contenta com cargo secundário", declarou Luís Volpato, arquiteto responsável pelo projeto Arena da Floresta, de Rio Branco-AC. Usando do bom senso, apenas Campo Grande, Belém e Goiânia não mandaram representantes às Bahamas, e não esbanjaram o dinheiro público para chorar miséria por não sediarem a Copa de 2014.

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